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Igor Tavares

O QUE SABER ANTES DO MARKETING TE ENGOLIR NAS ELEIÇÕES.

Atualizado: 28 de set. de 2022

Vamos falar sobre eleições e marketing?





Obrigatoriamente, desde 1988, os cidadãos brasileiros devem-se direcionar a cada quatro anos às urnas para renovar os seus votos de esperança por uma nação melhor, selecionando dentre os candidatos aos cargos eletivos aqueles que correspondem com maior precisão aos seus sonhos de país, estado e município.

Em 2018, 28 mil candidatos se colocaram à disposição de 147 milhões de eleitores brasileiros, para concorrerem aos cargos de presidente, governador, senador e deputado estadual, federal e distrital. Pensem bem, são 28 mil pessoas “batendo na porta” de cada cidadão e vendendo o seu serviço em troca de votos.



O que muitos chamam de “festa da democracia”, não poderia ser mal intitulada caso também fosse chamada de “festival de vendas” dos nossos candidatos políticos, que nesta época abrem o laboratório para o que o marketing possa aprender novas práticas para impactar os sentimentos das pessoas.


Será apenas a partir do dia 16 de agosto que os políticos irão oficialmente ao ar pedirem voto, porém, pode-se afirmar com tranquilidade que qualquer ser humano conectado no Brasil já conseguiu perceber que o tal do “funil de vendas” já foi lançado e que estamos todos sendo bombardeados com o discurso persuasivo de influenciadores, noticiários e pessoas mais próximas.


O que preocupa em primeira mão, contudo, não são as estratégias de venda e marketing em si, até porque elas se adaptam ao que é de maior desejo dos clientes e ao cenário em que eles vivenciam as suas experiências. O que nos deve preocupar, portanto, são o nosso cenário político e os cidadãos brasileiros.


No cenário político, temos a repetição a nível nacional de uma eleição para Presidente concentrada no personalismo, ou seja, na especulação heróica de que uma pessoa carrega consigo a missão messiânica de salvar a todos nós caso seja eleita e de que, caso isso não aconteça, seremos atirados ao caos. Infelizmente, essa realidade influencia todas as demais eleições que correrão pelo país.



Por sua vez, nossos cidadãos continuam se mobilizando estritamente no período eleitoral. Pesquisas feitas em São Paulo e Ceará, pela Rede Nossa São Paulo e Instituto Opnus, aponta que em média 60% dos eleitores não lembram em quem votaram nas últimas eleições. Assim, é razoável concluir que há no país uma massa de pessoas incapazes de avaliar o trabalho até então realizado pelos políticos e que deste modo viram vítimas vulneráveis das propagandas enganosas e falsas promessas.


Portanto, dentro desse contexto personalista e ainda frágil de uma consciência política bem formada, a tendência é que o marketing engula de fato qualquer oportunidade de discussão profunda de agenda de país. E quanto mais nos aproximarmos do momento da efetivação do voto, mais o discurso de vendas se centrará em erguer ou destruir imagens, forjando heróis e apontando vilões, em uma guerra que incinera qualquer projeto racional de desenvolvimento, seja a nível nacional, estadual ou regional.


Por isso, antes do marketing nos engolir, é preciso então saber como o jogo será jogado e como podemos agir dentro e fora do período eleitoral. O que indico é: fazermos as perguntas certas, partindo da premissa de que precisamos de projetos de curto, médio e longo prazo. Pois, assim como nas nossas vidas pessoais e profissionais, nossa cidade, região, estado e país também precisam de planejamento. A questão é: qual projeto apresentado trará melhores condições de vida para a nossa gente?



Para isso, convido você para dar os primeiros passos: fortalecendo o autoconhecimento, pela humildade do estudo e pela sabedoria de ouvir o diverso para alcançar as primeiras convicções; unindo-se a redes de pessoas dispostas a esse esclarecimento; e, por último, fazendo as perguntas certas.



Esta é a missão que estou disposto a cumprir e que inicio por esse texto aqui pelo Canal Doxa. Vamos juntos?



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